Amiga morte, vem. Tu és o termo
De dous fantasmas que a existência formam,
- Dessa alma vã e desse corpo enfermo.
Pensamento gentil de paz eterna,
Amiga morte, vem. Tu és o nada,
Tu és a ausência das nações da vida,
Do prazer que nos custa a dor passada.
Pensamento gentil de paz eterna,
Amiga morte, vem. Tu és apenas
A visão mais real das que nos cercam,
que nos extingues as visões terrenas.
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Amei-te sempre: - e pertencer-te quero
Para sempre também, amiga morte.
Quero o chão, quero a terra, - esse elemento
Que não se sente dos vaivéns da sorte.
(Antônio Candido e J. A. Castello)
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