quarta-feira, 29 de abril de 2015

Literatura Barroca ...

Boa Noite lindos e lindas *-*
Sim, essa semana falarei sobre a literatura, porém variados \o/

Hoje vamos falar sobre a Literatura Barroca e claro que não podemos deixar de lado a Literatura Rococó que sem falar dela não há como entender o Barroco, pois as duas são "irmãs", mas hoje apenas o Barroco, ok? ^^

Literatura Barroca
Não há um termo de origem sobre á palavra Barroco, á mais derivada do termo é a palavra Barueco (pérola, joia irregular, extravagante e áspera com manchas escuras) assim pensava ser a palavra de origem espanhola ou portuguesa. Pois, essa "estilo Barroco", segundo os clássicos é um estilo irregular, defeituoso, de mau gosto.  

Em sua estética, o barroco revela a busca da novidade e da surpresa; o gosto pela dificuldade, pregando a ideia de que se nada é estável tudo deve ser decifrado; a tendência ao artifício e ao engenho; a noção de que no inacabado reside o ideal supremo de uma obra artística.
A literatura barroca se caracteriza pelo uso da linguagem dramática expressa no exagero de figuras de linguagem, de hipérboles, metafóricos, anacolutos e antíteses.


A Origem do Barroco

Em Portugal, o Barroco, também chamado Seiscentismo, tem como marco inicial a Unificação da Peninsula Ibérica sob o dominio espanhol em 1508.
O Barroco corresponde a um período de grande turbulência político-econômico, social, e principalmente a religião. A incerteza e a crise toma conta da vida portuguesa. Fatos importantes que marcaram essa época: o termino do Ciclo das Grandes Navegações, a Reforma Protestante e o Movimento Católico de Contra-Reforma, marcam o contexto histórico e colabora com a criação do Mito do Sebastianismo (crença).

O marco inicial do Barroco do brasileiro é o poema épico, Prosopopéia de Bento Teixeira (1601)

Camões um dos poetas Barroco escreveu Os Lusíadas em dedicação ao D. Sebastião, Rei de Portugal.


Caracteristicas Barroca

-Dualismo
-Fugacidade
-Pessimismo
-Cultismo   
-Conceptismo
-Antropocentrismo X Teocentrismo (homem x Deus / carne X espirito)
-Linguagem rebuscada e trabalhada ao extremo
-Literatura moralista, usada pelos padres jesuítas para pregar fé e religião
-Conflito existencial gerado pelo dilema do homem dividido entre o prazer pagão e a fé religiosa.



Barroco Ibérico - diz dois modos de se conhecer a realidade:
-Cultismo
-Concentrismo - marcado pelo jogo de ideias, de conceitos, segundo o raciocínio lógico, racionalista.



Autores Barrocos:
Brasileiros:
-Gregório de Matos - representa a vértice do cultismo.
 
 Poesia religiosa: homem ajoelhado perante Deus, implorando o perdão para os pecados cometidos.

-Bento Teixeira Pinto
-Manuel Botelho de Oliveira
-Padre Antonio Vieira
-Frei Manuel de Santa Maria Itaparica

Escritores Portugueses:
-Padre Antonio Vieira - representa a vértice conceptista.



Luís de Camões - Os Lusíadas ... São X contos - colocarei apenas 1

Conto I
As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;


Bento Teixeira - Prosopopeia 1601

I

Cantem Poetas o Poder Romano,
Sobmetendo Nações ao jugo duro;
O Mantuano pinte o Rei Troiano,
Descendo à confusão do Reino escuro;
Que eu canto um Albuquerque soberano,
Da Fé, da cara Pátria firme muro,
Cujo valor e ser, que o Ceo lhe inspira,
Pode estancar a Lácia e Grega lira.


II

As Délficas irmãs chamar não quero,
que tal invocação é vão estudo;
Aquele chamo só, de quem espero
A vida que se espera em fim de tudo.
Ele fará meu Verso tão sincero,
Quanto fora sem ele tosco e rudo,
Que per rezão negar não deve o menos
Quem deu o mais a míseros terrenos.
 




Manoel Botelho de Oliveira - Poema 

Sol e Anarda
O sol ostenta a graça luminosa,
Anarda por luzida se pondera;
o sol é brilhador na quarta esfera,
brilha Anarda na esfera de formosa.

Fomenta o sol a chama calorosa,
Artarda ao peito viva chama altera,
o jasmim, cravo e rosa ao sol se esmera,
cria Anarda o jasmim, o cravo e a rosa.

O sol à sombra dá belos desmaios,
com os olhos de Anarda a sombra é clara,
pinta maios o sol, Anarda maios.

Mas (desiguais só nisto) se repara
o sol liberal sempre de seus raios,
Anarda de seus raios sempre avara.


 Fontes: Google e outros sites ...

O poste foi comprido, porém bem resumido ... 
Por hoje é só e até o próximo :*  

Um comentário:

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