domingo, 3 de maio de 2015

Conto \o/

Boa Tarde amores *♥*

E vamos com mais um conto hoje? Devido á semana que não pude postar nada por falta de net, essa semana postando dois contos para compensar e a escritora de hoje é BÁRBARA FERNANDES com o conto: O GRITO!!!! - Contos dos amigos do Face ^^

O Grito

O desespero já não podia mais ser contido. Uma sensação de sufocamento foi lhe tomando. Com muito esforço, pois já quase não tinha mais controle sobre seu próprio corpo, abriu uma das janelas e soltou um ruído gutural. Era como se ao gritar, expelisse tudo que houvera reprimido durante anos. Estranhamente, não ouvia o próprio clamor, então tentava juntar todo ar em seus pulmões para que berrasse ainda mais forte. Foi em vão!
Seus vizinhos pareciam ignorá-lo. Nenhum lampejo de qualquer tipo de curiosidade, nem mesmo a mórbida. Sua cólera se tornou ainda mais violenta. Primeiro quebrou a janela numa tentativa frustrada de mostrar ao mundo todo o seu ódio não mais contido. Depois, foi a vez de todo o resto que via pela frente. Livros, porta-retratos, anotações, cadeira, sofá-cama... Tudo deveria ser destruído! Seus braços pareciam pesados e seus movimentos se tornaram difíceis, até levantar o pequeno abajur parecia um desafio hercúleo. Porém, seus dedos e punhos pareciam não sentir o impacto dos socos que dava no grande armário de sua minúscula sala.
Rapidamente, os resquícios de seu surto de ira cobriram tudo ao seu redor e mal podia se mover em meio aos destroços. As paredes pareciam lhe oprimir ainda mais. Queria a todo custo sair dali e foi abrir a porta da frente, mas não conseguia. Começou a tentar arrombá-la. Todavia fosse feita de uma madeira já frágil por causa do tempo e dos cupins, se mostrou um obstáculo intransponível. Não desistia e jogava partes da, agora quebrada, mesa e... NADA! Não havia parado de xingar e espernear, mas só agora parecia produzir algum barulho, era algo parecido com um gemido. Fez novo esforço para não gemer e veio um miado.
Apertou violentamente os olhos e ao abri-los, viu um gato preto na janela e eis que sua escrivaninha surgia novamente inteira diante de sua expressão incrédula, refletida na janela imunda, tal como os demais quatro ou cinco móveis de seu único cômodo. Virou-se para a pilha de despachos à sua frente e, sem proferir nem a mais singela sílaba, retornou à sua monótona rotina.





Nada foi modificado no conto e espero que gostem assim como eu gostei...
Até o proximo poste
:* :*

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