domingo, 10 de maio de 2015

Conto \♥/

Boa noite amores *-*

Infelizmente ontem o blog ficou sem postagem, mas enfim .... Semana HOT acabou :( e como prometido um dia da semana tem conto aqui no blog do amigos do FACE....

O conto de hoje é de  VICENTE CARLOS MIRANDA - KAREN!

KAREN

Mesmo atrasada, Karen continua se arrumando lentamente. O celular toca, mas ela o ignora. Ao tocar novamente, ela atende insatisfeita.
— O que é, Marina?
— Karen, você ainda está se arrumando? Vamos chegar muito tarde para a festa. Já são nove e quinze da noite e estou te esperando desde as oito.
— Marina, não enche! Se eu fosse você, parava de me ligar se ainda quiser que eu te busque para a festa. Você não vai querer perder a carona para ir de ônibus, não é mesmo? Lembre-se que você mora neste bairro suburbano, bem longe da boate.
Do outro lado da linha, chateada, Marina desligou o celular, trocou o vestido pelo seu pijama e foi se deitar aos prantos.
                                                                             ***
Karen tem 22 anos e, apesar de seus longos cabelos loiros e de sua aparência angelical, sempre foi uma garota difícil. Por sorte ou por causa do destino, sempre teve tudo o que quis. Como seus pais nunca se dedicaram o suficiente pela sua boa educação, Karen passou a estabelecer suas próprias regras.
                                                                            ***
Quando Karen finalmente termina de se arrumar, às nove e meia, liga para sua outra amiga Bruna, quem também combinou de dar uma carona para a boate.
— Bruna, estou saindo agora. Já pode me esperar aí em frente da sua casa.
— Ok amiga, até logo!
Ao chegar em frente à casa de Bruna com o seu Porsche vermelho conversível, ela não a encontra. Irritada, começa a buzinar insistentemente. Em pouco tempo, Bruna aparece no portão de sua casa.
— Pare Karen, assim você acordará toda a vizinhança.
— Onde você estava? Te pedi para me esperar aqui em frente.
— Havia esquecido a minha bolsa lá dentro — explica Bruna.
— Vamos embora, Bruna. Não tenho mais tempo a perder.
Enquanto segue em direção à festa, Karen pega a sua lata de energético já preparada com uísque no porta-copo do carro e começa a beber. Faltando poucos quarteirões para chegar ao local do evento, as duas jovens são surpreendidas por um policial que acenava pedindo para elas encostarem o carro.
Sem falar nada, Karen entrega ao policial uma falsa carteira de estudante de Direito, juntamente com duas notas de cinquenta escondidas por trás da carteirinha de estudante.
— Boa noite menina. Você não acha que vai me comprar com apenas cem reais dirigindo este Porsche, não acha? — diz o policial com um sorriso sacana.
— O que posso fazer para acertar isso então? — responde Karen com um tom de voz firme e uma expressão séria.
— Primeiro você precisa descer do salto, menina. Se quiser continuar seu passeio, vai precisar desembolsar pelo menos quinhentos reais. E isso não é mais pelo Porsche.
Irritada, Karen pega todo o dinheiro da sua carteira e entrega para o policial. Ao receber o dinheiro, ele conta as notas de vagar.
— Nada mal, oitocentos reais. Vá embora menina, antes que eu tome este carro para mim.
Já furiosa, ela acelera o carro e arremessa a sua lata de energético em direção a um mendigo que dormia na esquina.
— Bruna, você me deve a metade desse dinheiro! — exclama Karen com um tom de voz agressivo.
— Mas eu não tenho nem a metade disso hoje.
— Se vira. Pague a minha entrada na boate hoje e transfira o restante amanhã usando o seu cartão de crédito. Inclusive, me dá o seu cartão de crédito agora. Não quero ficar careta nesta noite.
— Tudo bem Karen. — responde Bruna com um tom de voz manso, entregando o seu cartão.
Após entrarem na boate, as duas jovens se separam à procura de diversão. Ao dançar algumas músicas, Karen percebe um rapaz que a observa olhando fixamente. Ele era branco, tinha olhos verdes e estava trajando uma camisa social branca.
Ela se aproxima um pouco e começa a provocá-lo dançando de maneira mais ousada. Ele sorri.
— Qual é o seu nome? — pergunta Karen.
— Me chamo Henrique.
— Você não quer saber como eu me chamo?
— Não preciso, já sei o seu nome.
— Mesmo? Como sabe?
O rapaz apenas sorri novamente.
— Você quer mais uma dose de uísque? Essa fica por minha conta. — pergunta Henrique.
Karen aceita. Após algumas doses de uísque entre uma dança e outra, ela começa a perder seus reflexos e a noção do tempo. Já um pouco bêbeda, ela fala bem próximo ao ouvido de Henrique:
— O que você quer de mim?
— Pergunta errada. Você quem está à minha procura. — responde Henrique de maneira muito estranha.
Karen fica um pouco confusa. Como já estava ficando bêbada, ela o beija. Depois do beijo, Henrique pergunta:
— Está pronta para se entregar?
— Mas é claro que sim — responde Karen com um sorriso.
— Então você vai sentir algumas mudanças a partir de hoje.
Karen não entende muito bem o que ele diz, mas não se importa. Depois de mais algumas doses de uísque, Karen não vai se lembrando de tudo o que acontece até o fim da noite.
Ao acordar no dia seguinte com uma forte dor de cabeça, Karen se lembrou dos terríveis pesadelos que ela teve enquanto dormia. Ela não se lembrou de nenhuma imagem ou situação. Esses pesadelos se resumiam apenas nos sentimentos negativos que ela transmitia para outras pessoas através de suas atitudes.
Ela colocou a mão na cabeça e sentiu uma mancha de sangue em seus dedos, que vinha de um pequeno corte na sua testa. Karen fechou os olhos e se lembrou de Henrique, com o seu olhar fixo e dominante sobre ela.
A partir daquele dia, Karen passou a ter vários pesadelos durante suas noites. Isso a perturbava e a deixava cada vez mais confusa.
Após uma semana, Karen passou a ver imagens estranhas em seus pesadelos. Na última noite, sonhou com Henrique pregando suas mãos em uma tora de madeira. Quando observou em sua volta, percebeu que estava sendo crucificada por ele, em um lugar escuro e em chamas.
Fora de controle, Karen acorda e se levanta da cama rapidamente. Ainda de pijama, corre até a cobertura de seu prédio e, sem hesitar, pula da sacada.

GOSTEI DO CONTO XD
NADA FOI MODIFICADO NO CONTO, E ESPERO QUE GOSTEM DO MESMO JEITO QUE EU GOSTEI *-* E POR FAVOR, NÃO ROUBEM ^^
ATÉ O PRÓXIMO POSTE 

:*

2 comentários:

  1. Muito legal, Janaina!

    Você acha que existe segredo pra escrever contos como este? O personagem chega até você?

    Beijos, Adorei!

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    Respostas
    1. Olá querida ....

      O conto é lindo né .... Na minha visão de escritora um conto desse não tem segredo para escreve-lo, porém o segredo deste conto está no sentimento do escritor ...
      Acredito que o escritor deste conto, escreveu com os sentimentos e não apenas com fictícios, algo mais real, ele mesmo é o personagem!

      Eu também amei esse conto .... Fico feliz que tenha gostado
      Beijos :*

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