sexta-feira, 20 de março de 2015

Contos \o/

Boa noite, gente linda, bonita e elegante *-*

Abrindo a nossa pagina de hoje com Contos, um conto por semana e o primeiro conto de hoje é de RENATO SILVA - OS CONTOS POSTADOS AQUI É DA GALERA DO FACEBOOK, QUE FIZERAM UM E-BOOK COM CONTOS, CADA UM MANDOU O SEU E MINHA QUERIDA AMIGA KARIME *-* ME PASSOU O E-BOOK E ACHEI MUITO LINDO OS CONTOS E DECIDI POSTAR NO MEU BLOG \O/ ESPERO QUE GOSTEM ASSIM COMO EU ^^

Primeiro Conto - Renato Silva

Minhas Impressões Sobre Este Mundo

Esta é a minha primeira postagem neste blog. Não sei se alguém irá ler, pois faz um ano que vago por aí e não encontro uma “alma viva” sequer. Resolvi escrever um pouco sobre mim; não acho justo passar por este mundo sem ser notado. Se um dia alguém ler isto, pelo menos saberá que existi. É engraçado que eu nunca pensei sobre essas coisas, nunca me importei em escrever sobre mim ou qualquer outra coisa. Só que agora tudo é diferente, estou num lugar estranho e completamente sozinho. Não sei nada sobre este mundo e não há ninguém que a quem eu possa pedir ajuda.
Por algum motivo, não me lembro qual, estive dormindo por muitos anos. Em minhas últimas lembranças, eu tinha 24 anos e o ano era de 2010. Eu tinha pai, mãe, namorada, cachorro e alguns amigos. Tinha emprego, praticava esportes e nenhum problema de saúde. Lembro vagamente desta vida que levava, mas não me lembro de coisas desagradáveis. Até agora não entendo porque estive naquela câmara. Me olho no espelho e vejo algumas marcas da idade em meu rosto. Será que envelheci durante a minha hibernação ou será que não consigo me lembrar dos anos seguintes, estando eu mais velho e em um outro momento da minha vida?
Estive dormindo por muitos anos, não sei quantos. A contagem do tempo mudou, os computadores marcam como ano 74. Que evento deve ter acontecido para que os computadores tivessem iniciado uma nova contagem do tempo? Não há nada na rede que seja anterior ao ano 0 desta nova era. Também não achei livros ou revistas impressas, só há material digital e com menos de 75 anos.
Acordei numa sala de baixa iluminação, limpa, paredes claras, sem qualquer inscrição nelas. Eu estava vestindo uma roupa clara e leve, sem qualquer inscrição. Na mesma sala havia mais sete câmaras iguais à minha. Seis estavam fechadas, vazias e desativadas; apenas uma estava aberta. Eu não sei explicar o que sentia naquele momento. Estava confuso, tonto e com a visão embaçada. A baixa iluminação da sala parecia ter sido pensada para não agredir aqueles que viessem a acordar após um sono tão longo. Sentei um pouco no chão, esperando recobrar o equilíbrio e a visão. Após uns minutos, me levantei e saí. Fui caminhando lentamente até à porta. Havia um grande corredor, tanto à minha direita, quanto à minha esquerda. O prédio era relativamente grande, com vários andares; eu estava no meio. Até hoje não sei se aquilo era um hospital ou uma universidade. Com exceção da sala de hibernação – que estava impecavelmente limpa – o restante do prédio estava carregado de pó em algumas salas e com pequenas vegetações crescendo em alguns pontos de rachadura e umidade. O prédio era bem moderno, algo que eu nunca tinha visto antes. Parecia cheio de sensores e sistemas que mantinham o ambiente um pouco mais limpo e iluminado. Pelo tempo de abandono daquele prédio, era para estar muito pior. Consegui alimentos numa grande sala destinada a este fim. Os alimentos estavam muito bem embalados, num sistema que não existia em minha época. Deviam estar ali há muitos anos, mas nada estava estragado. Nada do que comi me caiu mal. Além dos alimentos industrializados que achei, havia no térreo uma grande horta que se transformou num grande matagal. Não me faltaram alimentos durante esse tempo todo.
Após alguns dias, tomei coragem e saí do prédio. Já estava bem lúcido e ansiava por encontrar alguém que me dissesse o que estava acontecendo. Do lado de fora, vi uma rua mais fechada e toda arborizada. Não havia pessoas, tudo parecia abandonado, mas nada que parecesse ter sido destruído. Havia vegetação alta em algumas calçadas e muitos animais passeando por entre as copas das árvores. Em dado momento, me deparei com um bando de cães. Tentei me aproximar deles, mas eles não foram amistosos. Ao mesmo tempo que pareciam com medo, me hostilizaram com rosnados e a exibição de seus caninos afiados. Virei para outra direção e andei bem rápido. Estes cães se tornaram selvagens, após tantas gerações, sem conviverem com pessoas. Melhor assim, para eles.
Os prédios da cidade não eram muito altos, a cidade parecia ser do tipo “interiorana”, apesar da aparência moderna de suas construções. Vi muitos veículos abandonados. Não consegui ligá-los. Desde então, venho fazendo minhas viagens numa bicicleta - extremamente leve e confortável. Depois que saí da cidade, percorri muitas vilas e propriedades rurais abandonadas. Via animais de todas as espécies, muita vegetação, água em abundância, mas nenhum vestígio humano. Nem restos mortais encontrei. Cheguei a esta base há uma semana. Foi aqui que consegui acessar um computador pela primeira vez. Agora posso contar sobre mim para quem estiver acessando esta rede. Tenho um caderno de anotações, mas postando na rede será muito mais fácil eu achar alguém – ou alguém me achar. Não acredito que sou o último homem da Terra. Tenho muitas dúvidas, preciso esclarecê-las. A dúvida me angustia e me deixa sem saber o que fazer. Não sei para onde ir, o que mais fazer. Por enquanto, ficarei aqui; talvez até os meus recursos acabarem. Logo partirei, mas não sei para onde e se neste lugar terei abrigo e alimentos.
Esta é a minha primeira postagem. Voltarei a dar notícias.
05/07/0074


NADA FOI MODIFICADO NO CONTO !!!!!!

Gostei muito desse conto e confesso que até viajei na ideia do escritor .....

Até o próximo poste :*


Um comentário:

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