sábado, 25 de julho de 2015

Conto \♥/

Boa noite pessoal .....
Hoje é dia de conte aqui no blog \eee.eee/
Os contos aqui é da galera do FACEBOOK e como dito nada é modificado nos contos e o nome do autor também permanece XD

E o conto de hoje é de ALAN KOSUME

A MALDITA FLORESTA DE BAMBU

A noite cai e a floresta de bambu canta com o passear da brisa do verão, mas outro som vem do interior daquele enigmático lugar, um som que ninguém tinha coragem de descobrir a origem e quem ouvia aquele medonho e frenético dedilhar do koto (instrumento musical composto de diversas cordas, semelhante a uma grande cítara) poderia ter o azar de encontrar uma criatura de enorme cabelo rubro, chifres brancos e expressão vazia, dançando febrilmente uma melodia que enchem os olhos de emoção e temor e é esta melodia que emanava dentre as frestas dos bambus, chegando até a estrada que marcava o fim dos domínios da aterradora floresta. Em pouco tempo outros sons foram trazidos das trevas como o shimasen (instrumento musical de três cordas) e a flauta shinobue (flauta de bambu tradicional japonês), quem executava estas melodias suaves eram belos e enormes felinos que andavam como pessoas normais, porem trazendo consigo a mesma expressão de vazio continuando o cortejo demoníaco por entre as passagens.
É sabido de tempos longínquos que a floresta era amaldiçoada e ali morava uma raposa de nove caldas, o que já lhe dava status de ser extremamente poderoso, datando mais de mil anos de existência. De acordo com as lendas, ela comandava um exército de demônios e espíritos sedentos de sangue e com todo esse medo invocado pelas estórias, o local fora evitado por muito tempo, Mas agora, o Japão passa por uma cruel guerra em busca de terras e poder entre os Daimios (senhores feudais). O curioso fato era que esses demônios não passavam de um truque barato de aldeões que viviam num tipo de vilarejo secreto no meio da floresta e para manter essa lenda, um clã ninja foi fundado com união das mais diversas habilidades trazidas com as famílias que ali se alojaram. Com o tempo, foram criando grande força de combate e espionagem, se tornando verdadeiros mestres na arte da guerra silenciosa, mas desta vez, algo diferente aconteceu e o segredo passou a ser ameaçado e quase não superou a experiência do velho Ronin Yashiru no Makoto, um samurai sem mestre que vagava pelo mundo em penitência por não conseguir salvar o seu senhor de uma emboscada.
Suas vestes surradas ainda exprimiam certa realeza e as duas espadas dos tempos de glória ainda permaneciam ao seu lado, nem mesmo ele poderia saber porque estava andando em tal terra amaldiçoada, sua honra foi manchada e por isso não era digno nem dos seus próprios passos e pouco se importava sobre o perigo que lhe foi advertido no dia anterior. O ronin continuava a simplesmente vagar por entre os bambus quando aquela música hipnótica brincava com o brisa que logo se tornava ventania e castigava seus ouvidos, fazendo com que o viajante se preparasse para o pior.
Já desembainhando a espada, os olhos contemplaram uma bela mulher tocando graciosamente o shimasen, mas, de repente a sinfonia parou e em uma fração de segundo uma pequena faca voou em direção às costas de Yashiru, em um desejo de dar-lhe o beijo de um Shinigami (o deus da morte).
Por reflexo, sua espada desviou a trajetória da faca, protegendo sua vida do mergulho sem fim.
Retomando sua postura de combate, Yashiru perguntou:
— Quem são vocês? Como ousam atacar alguém pelas costas?
A mulher gritou com uma voz estridente. Ao levantar sua cabeça, revelou seu rosto pálido e sem expressão, como se fosse de uma boneca.
— A caça não precisa saber quem se alimentará com ela!
A mulher voou em direção ao velho, retirando uma pequena espada com um líquido esverdeado escorrendo da lâmina. Ao mesmo tempo, vultos brancos se aproximavam por entre os bambus. Ronin atacou aquela nefasta espada, fazendo com que a mulher desse uma volta completa em si, juntamente com algumas linhas quase invisíveis que se enrolaram em volta daquela aparição. Os movimentos da criatura se tornaram desajeitados e quase inúteis.
O céu azul obscureceu, eis que uma chuva de flechas castiga a terra, provando que as lendas eram falsas para o desafortunado viajante. Num movimento tão fluido como a água, arrancou a mão que portava a espada banhada com a morte lenta e agarrou o corpo da mulher, se protegendo das flechas que fincaram profundamente no corpo dela, sem ao menos deixar cair uma única gota de sangue de tão protegido que estava apesar de ter se arranhado bastante. Yashiru ficou deitado por algum tempo, pois ouvia ao seu redor o som de passos que pareciam se aproximar rapidamente. Poucos momentos depois, já era possível ver vários ninjas muito próximos ao corpo, e calçavam um tipo de sapatilha branca. Ronin aproveitou a oportunidade para se levantar e atacar todos em sua volta, criando um círculo de corpos vestidos de branco e manchados com o vermelho vivo dos seus membros arrancados, mas a morte ainda não tinha permissão para levar seus prêmios.
Lentamente, ele se abaixou para tentar arrancar algo além do que já tinha decepado.
— Mais uma vez vou perguntar. Quem são vocês? — Yashiru calmamente indaga.
Com o sangue na garganta e muita vontade de viver, aquele jovem encapuzado tenta se levantar. Sem aviso, uma forte explosão encobriu a área de fumaça, forçando o velho guerreiro a se distanciar com um salto e preparar uma postura defensiva fora daquela cegante fumaça.
Em pensamento, ele se perguntou:
— Já deveria ter percebido que não eram apenas aqueles malditos. Quantos faltam agora?
A fumaça foi se dissipando lentamente enquanto uma melodia suave se espalha por todo lugar. Os ninjas feridos haviam desaparecido e apenas uma enigmática figura imóvel permanecia. Pouco a pouco a criatura ganhava silhueta humana, com longos cabelos esvoaçantes. Os olhos de Ronin agora podiam contemplar aquela figura trajada com um kimono longo e vermelho, decorado com crisântemos. Nas vestes haviam presas nas costas nove tiras de tecido puído como uma calda de uma raposa, carregando um shimasen, uma máscara de raposa cobre seu rosto, logo em seguida uma doce voz é entoada.
A misteriosa mulher esclareceu serenamente:
— Perdoe meus filhos. Eles têm fome e adorariam se saciar de sua saborosa carne.
Yashiru agressivamente berrou:
— Não brinque comigo sua maldita. Por que me ataca? Mostre o seu rosto!
A canção dá lugar ao som do vento passando por entre os bambus.
Ao desembainhar da sua espada, a mulher mascarada se aproxima em direção a Yashiru, em sincronia com seus passos leves e rápidos. Sem perder tempo, ele preparou sua defesa, arrastando e fincando os pés no chão, como se preparasse para enfrentar a corrente de um rio Bravio. O encontro das espadas parecia como um raio, reluzente e estrondoso, deixando o samurai e seu atacante cara a cara durante alguns momentos. De repente, algo curioso aconteceu e as espadas voaram para longe e como um próprio raio, caíram. A máscara da mulher havia se rompido e a partir daquele momento, podia-se contemplar um rosto delicado como de uma menina, com um pequeno corte na testa. Esse momento durou pouco tempo, pois a mulher saltou rapidamente para traz, colocando suas vestes na frente de sua face. Tentando esconder sua aparência, ela ferozmente gritou:
— Maldito, não se preocupe meus olhos. São as últimas coisas que você verá antes da morte!
Ronin responde sorridente:
— É tão bela quanto habilidosa, mas por que me ataca?
A mulher saca um punhal e corre em direção ao Ronin, enquanto esbraveja:
— Os mortos não precisam saber de nada.
Yashiru zombou enquanto se esquivava com estranha dificuldade dos golpes da misteriosa mulher:
— É a segunda vez que ouço isso por aqui e até agora nada aconteceu. Já é hora de acabar com isso!
Ronin desarma a mulher e começa a partir para cima, atacando o tronco dela através de socos e chutes. Aos poucos, foi percebendo que pareciam inúteis perante a tamanha ira da assassina. Sem muitas chances de revidar, ela lança no rosto do homem um pó avermelhado que o cegou por instantes. A mulher aproveitou a oportunidade para retirar do kimono um leque com pontas tão afiadas quanto a sua própria espada e, sem perder tempo, atacou Ronin atordoado. Sem sucesso. A segunda espada que Ronin carregava aparou aquelas lâminas que tinham sede de acariciar a sua carne.
Yashiru caçoou com certa dificuldade.
— Não importa quantos truques forem usados contra um estrategista como eu.
Os ataques continuavam e o vento que passava por entre as lâminas do leque entoavam a canção do desejo da morte, mas nada parecia surtir efeito contra aquele homem. A mulher então urrou como um demônio sedento de sangue.
— Morra! Morra!!! Morra!!!!!!!
O sibilar da espada que viajava em direção ao leque mortal desarmou mais uma vez aquele monstro em forma de mulher. O golpe foi tão poderoso que fez com que o leque ficasse preso no alto de um bambu, a metros de distância.
Yashiru raivosamente segurou a mulher pelo pescoço, pressionando seu corpo no chão e disse:
— E a última vez que lhe pergunto. Quem são vocês e ... argh, o que é ...isso? ...arrrgh!
O braço com que prendia a sua adversária adormece completamente, fazendo com que a mulher seja libertada de seu agarramento. Ela se levanta de maneira rápida e, respeitosamente esclareceu:
— Sua habilidade e bravura merecem meu respeito. Antes de morrer pelas minhas mãos, lhe responderei o que deseja saber. Sou Shizune Adachigara, líder do Clã Kitsune ni kaze, protetora da Floresta de bambu e quem vive nela.
Yashiru se ajoelha e sente seu corpo paralisar rapidamente. Enquanto Shizune busca seu leque, as portas do céu se abrem para levar o invasor da floresta. O vento parou. O suor do combate escorria inclemente e os corações palpitavam ferozmente, até que a lâmina se elevou, a respiração passou a normalizar até que a primeira artéria se rompe, lavando o chão de sangue. Quando a cabeça se separou do corpo, foi possível ver a pureza da cor vermelha enquanto ela se arrastava até parar nos pés de um alto Bambu Imperial.

Shizune havia cumprido sua missão, garantindo por muitos anos a segurança de seus aldeões.

♥.♥ 
ESPERO QUE TENHAM GOSTADO 
E POR FAVOR, NÃO ROUBEM OS CONTOS ...
ATÉ O PRÓXIMO POSTE :*

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